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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
DNA DE JONAS
A ninguém mais causa desejo
o herdeiro de aparência insólita
que só recebeu do pai
a ordem de pescar.
Do seu corpo tatuado de ausências
espia um velho estarrecido
que se recusa a falar.
Ninguém mais causou desejo
no cavaleiro que contemplou calado
sua herança de miscigenação âmbar.
Seu sexo estendido entre os dedos
penetrou uma prostituta
que ele ajudou a embalar.
A ninguém pode causar desejo
a imagem de um menino sem tempo
e sem pai para imitar.
De dentro do sermão do medo
surgiu o sonho de uma baleia
que ele pretende matar.
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Que beleza de poema, Vanessa.
ResponderExcluirParabéns!
Beleza, Vanessa!!! ;-)
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